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terça-feira, 21 de maio de 2013

Compoteira Amanda - Fenne / Esberard (ler as atualizações)

Compoteira na cor verde -hortelã.


A compoteira possui 15,0 cm de altura e 13,0 cm de diâmetro.

Possui um padrão de decoração que eu já vi em peças carnival glass, mas não consegui identificar nas minhas referências...


É uma peça que tem, no mínimo, 70 anos.
E para fazer uma comparação, uma foto com a compoteira carnival glass.

Atualizado em 31/10/2013

Somente com a ajuda de Pamela Wessendorf foi que consegui identificar essa compoteira.
A princípio pensei se tratar de uma empresa Inglesa chamada Davidson, porém Pamela me enviou o catálogo mostrando que essa peça foi produzida pela empresa alemã Fenne.

Fonte: www.glas-musterbuch.de

Catálogo de 1906. Repare no item de nome "Amanda" com numeração 1155, é a minha compoteira em uralina.
Fonte: www.glas-musterbuch.de

ATENÇÃO!

Para informações atualizadas, clique aqui!

domingo, 19 de maio de 2013

Paçoca de pinhão

Esta semana, em um jornal local daqui de Curitiba, passou uma reportagem sobre jovens de todas as regiões do Brasil que vem para Curitiba para poderem estudar.
Passou uma entrevista com um rapaz, natural do Piauí, que disse que quando ele chegou em Curitiba, parecia que ele tinha chegado em outro planeta...
Achei divertido a fala do "piá"... outro planeta...
Mas realmente, Curitiba é uma cidade encantadora!
Eu, Paulista, paulistano, nascido no Ipiranga, quando conheci Curitiba há 20 anos atrás, me apaixonei... resolvi que era aqui que queria viver...
E hoje, curitibano de coração, apesar de conhecer quase todas as capitais dos estados brasileiros e adorar muitas delas, não troco Curitiba por nenhuma outra.
Curitiba tem problemas e defeitos como qualquer outra grande cidade.
Mas aqui eu consegui fazer minha vida!
E  ter qualidade de vida!
E para homenagear essa cidade, a postagem de hoje é uma receita que usa um ingrediente típico do Paraná, o pinhão.
Em São Paulo, e acho eu que na maioria das outras regiões do país, nós conhecemos o pinhão apenas cozido nas festas juninas.
Então resolvi publicar essa receita, que é deliciosa!
Quem me apresentou pela primeira vez esse prato foi uma conhecida de União da Vitória, sul do Paraná, e é um prato muito consumido também na região serrana de Santa Catarina.

Mas antes da receita, vamos falar um pouco sobre a araucária e o pinhão.

A araucária é a árvore símbolo do Paraná. É uma árvora que pode atingir mais de 20 metros de altura, frondosa, abre seus galhos em busca do sol.
Aqui em casa temos uma araucária que é bem imponente.

No fundo de casa existe uma reserva de mata com algumas outras araucárias.
As araucárias produzem uma pinha que é uma bola de mais ou menos 25 centímetros de diâmetro.
As fotos abaixo são os restos de uma pinha de um galho que caiu no fundo do meu terreno no ano passado, por isso a pinha não está em perfeito estado.

Existe uma lei aqui no Paraná que diz que é proibido colher, transportar, comercializar e consumir pinhão antes do dia 15 de abril.

Isso porque nessa época essas pinhas começam a estourar nos galhos da araucária e a caírem no solo.

Algumas pinhas estouram, caem os pinhões de tal forma que irão germinar.

Outros pinhões servem de alimento para pássaros roedores e outros animais.
Mas depois dessa data... Eis o resultado de meia hora de colheita.
Uma forma de consumir o pinhão é fazê-lo na chapa de um fogão a lenha.
Você ascende o fogão à tarde.
Começa a fazer comida, vai jogando conversa fora, toma um vinho... E quando vê, já é noite!
Noite fria de Curitiba!
E aí descobrimos mais uma utilidade do pinhão na chapa.
Quando ele está pronto, antes de retirar a casca, esfregamos ele entre as mãos. Isso ajuda a aquecer...
Êpa, Sharona ,com sono, deitada na rede esperando para comer pinhão!
Mas chega de conversa e vamos à paçoca de pinhão!
Existem variações dessa receita. Tem receitas que usam pernil ou lombo de porco, outras usam farinha de mandioca, outras pedem para socar no pilão... Bem, vou passar uma receita bem simples que é fácil de fazer.
Ingredientes:

  • 1 linguiça calabresa cortada bem miudinha.
  • alho à vontade
  • cebola à gosto
  • 1/2 kg de carne bovina sem gordura moída
  • pimenta, do reino preta/branca ou pimenta calabresa moída
  • uma pontinha de colher de cominho em pó (mas é apenas uma pontinha mesmo)
  • sal
  • folhas de louro
  • 1/2 kg de pinhão cozido, descascado e moído


Refogue a calabresa até começar a escurecer o fundo da panela.
Junte o alho, dê uma breve refogada, em seguida a cebola que irá ajudar a tirar a "sujeira" que ficou grudada no fundo da panela. Refogue bem.
Acrescente a carne moída SEM GORDURA, e refogue. Se a carne soltar água, não é necessário deixar secar totalmente, um pouquinho dessa água vai deixar a paçoca mais úmida e gostosa.
Enquanto estiver refogando, tempere com sal, pimenta, as folhas de louro e o cominho.
No final, acrescente o pinhão e deixe refogar um pouco mais para agregar os sabores.

DICAS:

  • Nunca cozinhe o pinhão com sal!O sal vai deixar o pinhão duro! Sem sal, e na pressão, o pinhão leva de 40 a 50 minutos para ficar no ponto.
  • Após cozido, não escorra o pinhão! Se o pinhão ficar frio vai ficar mais difícil retirar a casca. Deixe ele na água quente do cozimento, vá retirando em quantidades pequenas, e com o auxílio de uma faca, faça um corte na lateral do pinhão que fica mais fácil para descascá-lo.
  • Para triturar o pinhão é preferível um triturador master. se for fazer no liquidificador, triture aos poucos.



Para acompanhar?
Apenas uma escarola (típica curitibana) puxadinha no alho, e só.


Bom apetite!

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Cuidados ao comprar pela internet

Hoje vou mostrar um centro de mesa em porcelana muito bonito.

Marca, Cerâmica Santa Terezinha da cidade de Pedreira, estado de São Paulo.
Formato de flor, com uma tonalidade perolizada.

No centro da flor, uma cena galante.
Seis pés em tonalidade verde que lembram o caule da flor.

Seria um centro de mesa perfeito se não fosse um detalhe em um dos pés.
Compare as próximas duas fotos.
Na primeira o verde e o dourado são brilhantes, enquanto na segunda eles estão mais opacos.

Pois é, o pé da segunda foto foi restaurado, e o pior, com MASSA EPÓXI. Veja a parte interna na cor cinza do epóxi.
Isso mesmo, a peça foi quebrada e remendada com massa. Com isso, perde todo o valor...

Esse centro de mesa foi uma das primeiras peças que comprei pelo Mercado Livre, e com ele aprendi três coisas que hoje em dia sigo à risca.

Primeiro é verificar as qualificações do usuário, algo que não fiz nessa compra. Compare a quantidade de qualificações positivas com a quantidade de qualificações negativas e neutras. E principalmente leia as qualificações!
Alguns vendedores além de possuírem várias qualificações negativas fazem réplicas aos consumidores que os negativaram, réplicas ofensivas... FUJA DESSES VENDEDORES!

Segundo item, que também não fiz ao comprar essa peça, é fazer perguntas ao vendedor, principalmente se o objeto possui algum quebrado ou restauro.
Pergunte também se a embalagem de envio será segura, como ela será feita.
Pela forma como o vendedor vai te responder você consegue, junto com as qualificações, ter uma ideia se é um vendedor honesto ou não.

E terceiro, sempre faça a qualificação do vendedor.
Se o objeto chegou com um bicado e o vendedor havia falado que estava em perfeitíssimo estado, e você se sentiu enganado, não se incomode em negativá-lo e explicar o porquê.
É obrigação de um vendedor verificar e informar corretamente sobre o estado do produto.

Claro que se depois o vendedor se justificar, e você o achar convincente, essa qualificação poderá ser mudada.

Para a vendedora do centro de mesa da CST, qualifiquei negativamente e fiz toda a justificativa.
Sabe o que ela fez?

Nada...

Era uma charlatã aproveitadora mesmo...

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Da minha coleção Weiss - taças de sobremesa

Quando eu tinha meus 13, 14 anos eu fazia aulas de violão.
Violão clássico.
Minha professora, Cristina, era excelente. Ensinava a ler partituras, solfejar, construir escalas... e era rigorosa quando dedilhávamos os acordes. Chegava a gritar quando escutava alguma nota errada ou mal tocada.

Uma vez ela me disse uma coisa que guardei para sempre, de tanto estudar e praticar iria chegar uma hora que conseguiríamos reconhecer o compositor de uma partitura mesmo sem nunca ter escutado a melodia. Iríamos encontrar as características do compositor dentro da obra, particularidades que só ele possuía.

Há algumas semanas lembrei desse comentário.

Resolvi ir em uma loja de antiguidades em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba.
Por ser uma loja mais especializada em móveis e maquinários antigos de fazendas não é uma loja que frequento. A última vez que a visitei foi em 2002.

Chegando na loja, vi uma cristaleira, e dentro dela algumas louças.

No fundo da cristaleira, bem escondidinho eu avistei um vaso com uma pintura feita à mão de flores em tons e vermelho.

"É um Weiss", pensei comigo.

Pedi para abrirem a cristaleira e me mostrarem o vaso.

Dito e feito, era um Weiss! Lindo, lindo, mas que infelizmente acabei não comprando pois estava com um restauro feito em massa epóxi bem grosseira.

Não virei um violonista, na verdade já nem sei mais tocar uma música clássica no violão, mas o que minha professora Cristina disse é válido, o estudo e a prática conseguem nos colocar em um nível de conhecimento que chega a nos surpreender!

Então vamos para a postagem de hoje, um conjunto da Weiss muito lindo!

Taças para sobremesa.
A taça maior possui, aproximadamente, 15,0 cm de altura por 19,0 cm de uma asa até a outra, e as pequenas possuem 9,0 cm de altura por 12,0 cm de uma asa à outra.
São seis taças pequenas, perfeitas, sem nenhum depreciativo
Flores azuis pintadas à mão.
E muito dourado! Nas asas.

E na parte interna também.
O dourado da parte interna não é gasto não. É da própria decoração.
Como a peça maior possui mais área, ela comporta uma maior quantidade de flores pintadas.


Eu chamo essas taças de taças para sobremesa. Imagine elas completadas com sorvete.... hum....
Mas não é possível usá-las para servir sobremesa... imagine uma colher raspando nessa parte interna. Iria acabar com todo o dourado!
Por isso mesmo são usadas apenas como peças decorativas.
E que beleza de peças decorativas, não é mesmo?
A taça maior possui um pedacinho de um selo. Provavelmente era um selo da própria manufatura Weiss.
Todas as peças com a famosa numeração da Weiss.
Fase artesanal.
São da época em que a Weiss produzia peças de um bom gosto extraordinário, provavelmente metade da década de 1950.
A numeração na taça maior é a mesma numeração das taças menores.
754.218A.644.274 I.J.
Possuo outras peças com essas mesmas iniciais, I.J. Seriam as iniciais do artesão?