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quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Saladeiras Porcelana Steatita

Um jogo com três saladeiras produzidas aqui no Paraná.
Medem 25,0 cm, 23,0 cm, 21,0 cm de diâmetro e respectivamente 7,0 cm, 6,0 cm e 5,0 cm de altura.

O que chama a atenção desse jogo é a decoração, na verdade a "qualidade"da decoração das duas saladeiras menores que diferem da saladeira maior.

A saladeira maior:

E as saladeiras menores:

Repararam a diferença?
As saladeiras menores são o que normalmente chamamos de "borrão".

Eu queria escrever sobre borrão junto com meu amigo Amarildo Q. Blanc, mas como nossos tempos livres não coincidem, e também por eu não resistir mostrar essas belezas de peças, vou falar um pouco sobre borrão, e deixo meu amigo Amarildo à vontade para complementar ou até corrigir alguma informação.

Há cerca de 200 anos, na Inglaterra, as indústrias cerâmicas começaram a usar papel transfer para decorar  louças.

O transfer era colocado na louça e levado para a queima, e nessa queima o papel do transfer era eliminado e o desenho agregado à cerâmica.
Na queima, a tinta de alguns desenhos acabava borrando a peça. Borrão que era até bem visto, pois ajudava a esconder defeitos que a louça normalmente possuía.

Pouco tempo depois, foi descoberto que alguns produtos, como a cal, passados sobre o transfer antes da queima faziam a tinta se espalhar pela peça.

Muitos colecionadores consideram que o verdadeiro borrão tem que ser uma peça inglesa, mesmo com os EUA tendo produzido muita coisa com essa técnica.

E aqui fica minha pergunta,
Essas saladeiras da Steatita podem ser consideradas louça borrão?
Vale lembrar que o verdadeiro colecionismo de borrão, com livros publicados e peças catalogadas começou a partir da década de 1.960, época em que essas peças foram produzidas.

Portanto, qual será a decoração que a Steatita queria para a louça, a da saladeira maior ou a das saladeiras menores?

Deixo a pergunta em aberto!



Vocês devem ter reparado que as fotos usadas hoje fogem do padrão que vem sendo usado pelo blog já há algum tempo.
É que essas saladeiras estão na casa que, finalmente, estou terminando de construir no litoral.
Futuramente vou falar um pouco mais sobre Antonina, por enquanto vou deixar algumas poucas fotos que foram tiradas em casa.





2 comentários:

  1. Querido CLaudio D.

    Paz e Luz sempre para Vc e aos seus.

    Obrigado pela menção e pelo convite. Embora deva dizer que em matéria de Louça, só arranho. Se fosse sobre Santinhos teria mais recursos...

    Os BORRÕES merecem nossa atenção porque são mesmo especiais. Escuto muita gente e há tantas histórias que nem sempre batem. Mas é o preço da popularidade.

    Como sabemos, segundo um critério aceito, Borrão mesmo é próprio da FAIANÇA e não ocorre nas PORCELANAS. Coisas da Física e da História....

    Por falar nisto esta semana peguei um pratinho que lembra daqueles seus do e-mail.

    Mas eu quero ter ainda, se a Providência quiser, uma TRAVESSA OITAVADA e bem GRANDE, toda BORRADA mesmo...

    Mas num sentido bem amplo há muitas peças borrão ou no estilo borrão.

    Pena que minha literatura esteja em Inglês.

    Estas peças são bem bonitas. Azul sempre é charme nas louças.

    O meu primo daí de Curitiba, que tem um forno, diz que encontra antigos serviços Steatita em branco, só com o selo. Então se aplica o transfer que quiser...

    Ele esteve passando uns dias aqui com a esposa. Aproveitamos para ir ao Museu do Açude, no Rio. Uma maravilha.

    Sobre este litoral, muito lindo. Mas ficará melhor com sua casa e sua decoração.

    Depois a gente continua o papo dos Borrões e do que gostamos em geral.

    Um abraço.

    ab

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    Respostas
    1. Que bom receber você por aqui Amarildo!
      Pois é, quando se fala em borrão existem muitas informações desencontradas, tanto quanto à origem quanto ao que é considerado borrão.
      Para escrever esta publicação, procurei informações junto à sociedadde de colecionadores.
      Creio ser uma das fontes mais confiáveis que possa existir sobre o assunto.

      Quanto a produçáo atual em porcelana antiga, realmente é real.
      Aqui em Curitiba encontramos com facilidade a porcelana branca para pintura, juntamente com bons artesãos que possuem fornos próprios.
      Portanto fica fácil termos peças com a logo de uma fábrica mas que não foram decoradas por elas.

      Não é o caso dessas saladeiras, pois na logo aparece que ela foi decorada em baixo esmalte, ou seja a decoração foi feita no "biscoito" da peça e levada para queima.
      Só depois dessa queima é que foi feita a vitrificação.

      Tudo isso nos leva a querer pesquisar e querer aprender mais sobre esse assunto, não é mesmo?

      Um grande abraço!

      Ah, e parabéns pelas aquisições, principalmente o jarro, ele é lindo!

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