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domingo, 8 de junho de 2014

Hobstar and Arches e Diamond Lace da Imperial Glass Company

Colecionadores de carnival glass no Brasil possuem uma grande vantagem se comparado com outros países.
Aqui, é possível encontrar verdadeiras preciosidades como, por exemplo, esse conjunto produzido pela Imperial Glass.
Dois padrões em um único conjunto.
Como eu tenho certa sorte em encontrar essas peças, aqui temos o bowl maior, com o padrão hobstar and arches, acompanhado de seis cumbucas, com padrão diamond lace!

Trocando informações com Glen Thistlewood, ela não acredita que o bowl maior foi comprado separadamente dos menores.
Ela acha que o conjunto já saiu assim de fábrica, dois padrões, na mesma cor, formando um único jogo.
hobstar da peça maior é essa estrela de 18 pontas, e os arches, arcos que desenham toda a volta da peça.


Vidro verde e iridiscência dourada.
Mas são as peças menores que mostram melhor esse efeito de cores que somente peças carnival glass possuem.


Jogo americano, produzido entre as décadas de 1920 e 1930.
Perfeito!
Peças com quase 100 anos, vidro, e não possuem nenhum bicado, nenhum trincado, nenhum defeito.
Um verdadeiro achado...

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Cesta em vidro moldado Portieux

A Portieux, fundada na França pelo Duque Leopoldo de Lorena, começou a produzir vidros em 1705.
Isso mesmo, não escrevi errado não, 1705!

Chegou a encerrar suas atividades em 1977, mas reabriu em 1986 e em 1996 foi comprada por outra empresa assumindo o nome Portieux & Vallerysthal.
Famosa na produção de opalina e no uso de padrões mais requintados, suas peças são o desejo de colecionadores do mundo inteiro, inclusive no Brasil.
Esta peça aparece no catálogo da Portieux de 1914, e repare que o nome usado é corbeille, cesta em português.
A imagem do catálogo foi gentilmente cedida pela simpática colecionadora de saleiros Debi Raitz que possui um site muito interessante o opensalts.us.
O padrão de decoração usado na cesta é um padrão muito procurado no Brasil em compoteiras, a famosa "compoteira dragão".
Mas se você retornar ao catálogo notará que a linha de produtos se chama chimères, ou seja, não são dragões, são quimeras.
A quimera é um ser formado por partes de vários animais, dragão, leão,serpente e até cabra.
Pode ser alado, soltar fogo, mas não é apenas um dragão.

Portanto, a partir de hoje, quando você se deparar com uma "compoteira dragão", saiba que na verdade é uma compoteira quimera.

E aproveitando para falar das compoteiras quimera, que por sinal possuem preços altíssimos, se você voltar a olhar a imagem do catálogo mais uma vez, vai notar que a compoteira quimera deve vir acompanhada de um prato de apoio chamado présentoir, caso contrário ela está incompleta.

Pelas características do vidro e pela cesta quimera possuir a marca Portieux gravada, acredito se tratar de uma peça produzida entre as décadas de 1920 e 1930
Possui 18,5 cm de diâmetro e 5,0 cm de altura.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Travessa e pratos para rocambole Nadir Figueiredo S.A.

Uma empresa que surpreende pela sua história desde a fundação até os dias de hoje.
Nadir Dias de Figueiredo abre, em 1912 no centro da cidade de São Paulo, uma empresa que vendia e consertava máquinas de escrever no.
A partir de então o empreendedorismo de Nadir, junto com seu irmão, faz a empresa crescer, passando pela fabricação de artigos de iluminação, aparelhos elétricos e munições para as forças armadas na Revolução Constitucionalista.

Ao término da revolução a empresa Nadir Figueiredo adquire uma empresa de vidros e entra para esse ramo trazendo para o Brasil o que havia de melhor em tecnologia na produção vidreira.

Um fato interessante que eu desconhecia é que o nosso famoso copo americano foi criação de Nadir Figueiredo.
O design inspirado em produtos norte americanos é a única coisa que o copo tem de americano pois ele foi projetado com medidas e capacidade exatamente para o gosto dos brasileiros.

Também foi Nadir quem introduziu o "copo embalagem".
Quem tem um pouco mais de idade vai lembrar dos famosos copos de requeijão, extrato de tomate, geleia...

Em 1942, na cidade de Pedreira, a Nadir abre uma fábrica que vai produzir louças em faiança até meados da década de 1990.

E aqui entra a travessa de rocambole.
Feita na medida certa para o rocambole, a travessa mede 35,0 cm por 18,0 cm.
E cada um dos pratos mede 13,5 cm por 13,5 cm. E apesar de quadrados, possuem a área central levemente côncava para acomodar a fatia do rocambole.

Decoração que lembra uma aquarela.

Peça da década de 1960, máximo do início de 1970.
Época em que nossas mães tinham todo o trabalho de assar um bolo que não ficasse muito grosso, rechear, enrolar (sem quebrar), e cobrir com uma generosa camada de chantili!
 A Nadir Figueiredo possui um site que você pode acessar clicando aqui.


sexta-feira, 25 de abril de 2014

Travessas em Carnival Glass da Esberard Rio

Duas peças que acabaram virando o xodó da minha coleção de vidro fogo.
Mas antes de falar das peças preciso agradecer a ajuda do Álvaro Henrique Nicolau, colecionador que reside em Juiz de Fora, Minas Gerais.
Foi com a ajuda dele que consegui identificar que as peças foram produzidas pela Esberard Rio.
Portanto Álvaro, muito obrigado! (e continuo procurando os copinhos, assim que achar te aviso!)

A travessa pequena, 17,0 cm de comprimento por 11,5 de largura e 2,0 cm de altura, foi uma das primeiras peças em vidro fogo que eu comprei.
Na época, apesar de muito bonita, não dei tanta importância para o padrão.
Talvez por ser uma peça pequena... Quem sabe...
Mas veja a iridescência que ela possui! Muito linda!
Nesse ano, comprei da Léa Lacerda, vendedora de primeira que mora em São Paulo, essa segunda travessa que mede 25,0 cm de comprimento por 17,0 cm de largura e 6,0 cm de altura.
Na hora da compra não identifiquei o padrão. Só quando a peça chegou em casa é que constatei que a decoração era a mesma da travessa menor.
No começo, achei se tratar de uma peça da Brockwitz, empresa alemã que já foi comentada nessa jardineira e também nessa compoteita.
Mas eu estava enganado. Em uma compoteira verde que pertencia ao Álvaro Henrique e que tinha o mesmo padrão de decoração era possível identificar a marca Esberard.

Mais uma vez, como identifiquei o fabricante de uma peça Carnival Glass que ainda não estava catalogada, eu poderia dar o nome do padrão.
Por conta das estrelas que fazem parte do desenho, não tive dúvidas, Iraci era o nome do padrão.
Iraci, uma pequena homenagem que posso fazer para minha saudosa mãe Iraci Pires, falecida em 1993 com apenas 48 anos.
Padrão devidamente catalogado pelo casal Thistlewood.
Portanto, a partir de hoje, se você encontrar uma peça com esse padrão de decoração, saiba que a peça se chama Iraci, uma estrela chamada Iraci.

domingo, 13 de abril de 2014

Prato em opalina (Milk Glass) da Anchor Hocking Glass Company

Essa postagem é em homenagem ao querido amigo Amarildo dono do blog Velharias do Maurinho, que vale a pena uma visita!
Primeiro vamos explicar o que vem a ser opalina.
Opalina é um vidro no qual em sua composição foi acrescentado óxido de estanho, o que o torna um vidro opalescente, não translúcido.
Apesar da cor branca ser a mais comum, e daí o nome em inglês Milk Glass,é possível encontrar objetos em opalina nas cores amarela, rosa, azul e até preta.
Algumas referências dizem que no século XIX chegaram a usar arsênico na produção de opalinas.
Agora a identificação do fabricante, que me levantou uma série de dúvidas e um pouco mais de pesquisa do que eu imaginava.

Foi fácil identificar o nome Anchor Hocking Glass Company, empresa que começou a operar nos Estados Unidos por volta dos anos de 1905 e continua em operação até hoje, você pode visitar o site da Anchor Hocking e conferir.
O problema foi relacionar a peça à empresa.
Tudo porque a Anchor Hocking, desde 1905, marcava suas peças.
Essas marcações mudavam ao longo dos anos, mas basicamente a empresa ou usava a letra H, ou a letra G, ou o desenho de uma âncora, ou uma combinação desses símbolos.
E como vocês podem reparar, esse prato não possui identificação alguma.

Foi aí que eu descobri que nem todas as peças da Anchor Hocking foram marcadas, principalmente peças de uma linha chamada Ruby Lane, um vidro de um vermelho intenso parecido com a cor do rubi, e também algumas peças em opalina.
A assinatura dessas peças, que inclui o meu prato com três divisões e algumas poucas outras, é essa borda feita em ouro 22 quilates.
Essas peças foram produzidas para comemorar o jubileu de ouro da Anchor Hocking.
Algumas pessoas costumam usar o termo Fire King para as peças em opalina da Anchor Hocking.
E devo dizer que esse termo não é aceito por vários colecionadores, chega a ser até uma ofensa.
O motivo é que a linha Fire King é uma linha de utensílios de mesa/cozinha da Anchor Hoching, algo parecido com o nosso "Colorex", e para esse colecionadores, jamais uma peça produzida para comemorar o cinquentenário da empresa pode ser "misturada" com uma peça de uso no dia a dia.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Linha esponjada - Cerâmica Mauá

Eu já havia apresentado a linha esponjada da Cerâmica Mauá nas minhas caixas de geladeira, só que nas cores verde e vermelha.

Agora chegou a hora das peças na cor azul, uma cor bem clássica quando falamos em louças.

Uma jarra, com aproximadamente 25,0 cm de altura e 20,0 cm de diâmetro, desconsiderando a alça.

A travessa, de rocambole, medindo 30,0 cm por 15,5 cm

E um pequeno centro de mesa no formato de cesta medindo 23,0 cm por 16,0 cm.

Bordas contornadas na cor preta.

O detalhe das flores e do esponjado.


E por fim, a logomarca da Mauá com sua Baronesa.

Bom final de semana para todos!