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sábado, 12 de outubro de 2013

Frederico "Fedido, Cara de Cabrito"

Era mais ou menos mês de março, do ano de 2001.
Fui a um aviário, provavelmente para comprar alguma coisa para meu filhote de dois anos, o Teobaldo.
Chegando no aviário, vi em uma gaiola dois cachorrinhos pequeninicos e bem branquinhos.
Voltei para casa com a imagem dos cachorrinhos... não resisti, foi necessário um retorno ao aviário e escolher um dos dois filhotes.
E eis que chega em casa o Frederico.


Teobaldo se encantou logo de cara com Frederico, e para falar a verdade, foi o Teobaldo que acabou de criá-lo.



E olha, os dois se tornaram amigos inseparáveis.
Para vocês terem uma ideia, nos fundos da minha casa existe uma área de mata, e na época meu terreno não era murado nos fundos.
Tinha dias que os dois sumiam na mata pela manhã e retornavam no final da tarde, sujos e famintos de dar dó!

Em 2003 chega o Eufrásio para completar o trio.



No frio, o Frederico que não era nada bobo, se aconchegava no Eufrásio para poder dormir quentinho.
Agora uma coisa é certa, Frederico era muito folgado! com jeitinho ele sabia conquistar a gente até conseguir ficar na rede, ou dormir no sofá da sala. E como dormia, dormia de qualquer jeito.




Quando o Encardido, meu quarto filhote chegou, ele adotou o Frederico como "mamãe".
Frederico era o modelo fotográfico da casa. Fazia até pose para tirar foto. E é ele que ilustra a maioria das fotos comemorativas desse blog.




Quando foi, mais ou menos, em Junho desse ano eu reparei que ele andava meio tristinho. Tinha momentos que ele ficava me olhando como que querendo dizer que não estava bem.
Algumas semanas mais tarde era visível que ele estava emagrecendo, já ficava mais tempo dentro de sua casinha, não interagia conosco como o de costume.
Como há algum tempo atrás, na praia, ele havia tido uma síncope, resolvi levá-lo ao veterinário.
Depois de alguns exames foi constatado que ele tinha sopro no coração e que teria que tomar remédio pelo resto de sua vida.
Começamos o tratamento.
Algumas semanas depois, descobrimos que ele estava com uma doença imune, era necessário iniciar tratamento com antibióticos e corticoides.
A partir daí ele começou a dormir dentro de casa para que pudêssemos cuidar dele durante 24 horas do dia.
Foram mais algumas semanas, ele emagreceu muito, já não conseguia ficar em pé, e já não estava mais querendo se alimentar.
Na semana passada, dia primeiro de outubro, levamos ele novamente para uma avaliação da veterinária.
E o que eu não queria ouvir, foi o que eu escutei.
Ele já estava se entregando... ou ele morreria de um ataque do coração ou os seus órgãos começariam a entrar em falência até ele entrar em coma.
Em ambos os casos ele sofreria muito.
A veterinária recomendou que adiantássemos sua passagem, para que ele não sofresse.
Chorei, relutei, chorei, questionei, chorei...
Perguntei se poderíamos esperar mais um dia, a veterinária disse que sim.
Levei meu filhote para casa.
Passei a tarde com ele, no final da tarde, deitei ele na rede junto comigo e deixamos o tempo passar.
Quando eu precisava chorar, eu me afastava. Não queria que ele percebesse o que iria acontecer.
À noite, coloquei um colchão no chão, ao lado da caminha dele.
Não dormi, passei a noite fazendo carinho e conversando com ele.
Vimos o amanhecer juntos...

E, as 10:00 horas do dia 02 de Outubro, meu filhote, meu querido Frederico Cara de Cabrito nos deixou
Chorei muito. Muito mesmo. Na verdade está difícil até hoje, até agora enquanto escrevo as lágrimas começaram a aparecer.

...

E essa, é uma pequena homenagem que resolvi fazer para esse meu querido amigo que se foi.
Meu filhote que só me deu alegrias.
Frederico Fedido Cara de Cabrito.
Sinto muitas saudades...




4 comentários:

  1. Os meus parabéns,linda homenagem ao Frederico.Os seus cães são uns preveligiados têm um dono que os ama e isso infelizmente é tão raro.Tenho uma Zara muito parecida ,é um Golden Retriver?
    Cumprimentos de Portugal.Graciete

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  2. Saudações Graciete!
    É impossível não ter amor por esses bichinhos. Eu não meço esforços para dar uma boa vida para eles.
    O Frederico foi um cachorro que nunca deu trabalho, nunca precisou passar por uma consulta por estar doente, sempre foi forte e saudável.
    Mas quando apareceu o sopro, foi rápido demais. Não deu nem tempo de nos prepararmos para o que estava acontecendo.
    Ele não era de raça definida. Não sei como vocês chamam aí em Portugal, aqui no Brasil damos o nome de vira-latas.
    Uma coisa vou te falar, ainda sinto muita saudades dele...

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  3. Olá! Quase chorei ! Também tenho uma cadela de nome Titila,Foi resgatada aos 2 meses de morrer afogada,quase levada pela enchente,tinha caído num córrego ...Fazendo caminhada vi a cena e não dei sossego ao meu marido que foi convencido a resgatá-la. Desde então, está conosco há 11 anos...

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    1. Nem gosto de falar no Frederico pois ainda dói muito.
      Tenho o mas velho, Teobaldo, que já está com 15 anos e meio. Velhinho, velhinho, já meio debilitado, e já estamos nos preparando...
      Mas para ser sincero, por mais que a gente saiba o que vai acontecer, eu não sei qual será a minha reaçªo...

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