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quarta-feira, 29 de julho de 2015

Borrão / Flow Blue


Não se sabe ao certo se a origem do borrão, por volta de 1700, foi acidental ou proposital. O que se sabe é que do final do século XIX para cá o borrão é objeto de desejo de colecionadores e de admiradores de uma bela louça

Em 1825, a empresa inglesa Staffordshire começou a produzir borrões submetendo a louça, que era pintada com óxido de cobalto, a um forno onde algum cloreto estava presente.
Como reação química entre o cloreto e o óxido de cobalto, a cor azul espalhava pela louça dando a ela esse aspecto borrado.

São dois modelos de borrões que tenho aqui,
O desenho do primeiro recebe  o nome de Bisley, e foi produzido pela empresa inglesa W. H. Grindley & Co.



O verso do prato também borrado, e a logomarca da empresa.

O padrão do segundo prato, também produzido pela Grindley, recebe o nome de Denton.



Pelo desenho da logomarca, são pratos fabricados entre 1914 e 1925. Praticamente 100 anos, e em perfeito estado.

Na verdade não são apenas dois pratos, são seis, quatro Bisley e dois Denton.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Atualizações no Site Do Tempo do Guaraná de Rolha

Na última semana eu fiz algumas atualizações interessantes no Site Do Tempo do Guaraná de Rolha.
Para acessar a página principal do site clique aqui!

Cumbucas da argentina Cristalerias Piccardo, com decoração conhecida por "faixa de bagas e costelas",
Um nome meio estranho para peças tão bonitas, mas vale saber que bagas são os frutos de algumas plantas, como por exemplo a groselha.
E como a peça possui na parte inferior esses drapeados que lembram uma costela (?) quem batizou a peça resolveu que esse seria o nome, faixa de bagas e costelas.

Até pouco tempo acreditava-se que a floreira conhecida por "Hobstar Reversa" fosse de produção da Sowerby.
Mas um catálogo de 1930 mostra que na verdade essa peça foi produção da inglesa Matthew Turnbull.
Aqui sim, da inglesa Sowerby, uma peça delicada que também possui um nome estranho, "abacaxi".
Isso por conta da textura que lembra a casca do abacaxi.
Algo parecido com o nosso tradicional "bico de jaca" produzido com maestria pela Cristaleria Prado de São Paulo.
E a última peça, uma descoberta minha no mês passado.
Uma petisqueira da Esberard Rio no formato de trevo de três folhas.
Padrão de decoração muito bonito e bem feito.
Em homenagem ao nosso país, o nome não poderia ser outro senão "Floresta Tropical".
Não esqueça, para acessar o site Do Tempo do Guaraná de Rolha, basta clicar aqui!

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Floreira de parede Cerâmica Mauá

Não sei dizer se são marrecos, gansos ou patos selvagens, mas são duas peças interessantes.
Floreiras de parede. Daquelas que eram usadas antigamente nas varandas das casas.
Um marreco azul.


Outro verde.

Ambos voando para a esquerda.
A Cerâmica Mauá também produziu marrecos voando para a direita.

Nas costas, entre as asas, os furos para acomodarem as flores.
E na parte de trás, furos, para pendurar o marreco na parede e para ajudar a escoar a água da floreira.
E claro, a clássica logomarca da Cerâmica Mauá.
Para quem, como eu, gosta das paredes de casa decorada por peças de época, vale a pena procurar por esses marrecos.
Eles chamam a atenção.
Claro que, usar flores naturais acaba sendo muito trabalhoso, por isso, usar as flores Sempre Viva é a melhor escolha.
Coloridas, com vários tamanhos e formatos, e o melhor, não é necessário ficar trocando ou aguando. 


domingo, 10 de maio de 2015

Dia das mães

Eu nunca fui muito adepto a datas comemorativas.
Aniversários, dia das mães, natal, entre outras datas, nunca me chamaram a atenção, pois eu sempre acreditei que quando você gosta de uma pessoa, quando você a respeita, a quer bem, você deve demonstrar isso no dia a dia, e não em uma simples data.

Mas não sei se foi o dia chuvoso aqui em Curitiba, os as publicações de conhecidos lá no facebook, me fizeram reviver um pouco do meu passado, relembrar de minha mãe, que nos deixou há 22 anos, com apenas 48 anos.

Uma mistura de saudades e nostalgia.

Então lembrei que há algum tempo eu recebi uma caixa, vinda de São Paulo, com alguns pertences meus.

E entre esses pertences, estava essa chuquinha de vidro, isso mesmo, vidro.
Usada por mim durante meus primeiros anos de vida, guardada como recordação pela minha mãe, e que hoje ocupa um lugar de destaque em uma cristaleira aqui em casa.

Durante toda a minha infância, acreditei se tratar de um ursinho... creio que não seja...
Os olhinho pintados de azul, segurando um violino.

A marca "PLUMA" gravada no fundo.
Apenas 9,5 cm de altura e capacidade para 30 ml de líquido.
E é aqui que eu recordo da minha infância.

Claro que não da época que eu era bebê, mas de quando eu deveria ter 3 ou 4 anos.

Eu fazia manha, pedia, e minha mãe atendia.

Ela fazia um chá de erva doce ou um suco de cenoura para ser colocado na chuquinha.

Chá de erva doce em temperatura morna, ou o suco que era extraído da cenoura após ela ser ralada e muito bem espremida em um guardanapo de pano. Ficava apenas aquele caldinho doce da cenoura...

Bons momentos!

Por motivos "familiares", que até hoje eu não entendo ao certo as razões, eu possuo apenas três fotos de minha mãe.

Essa é uma delas.
Outubro de 1969.
Eu com dois meses nos braços de minha mãe...
Saudades...

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Morretes - Paraná

Sabe aquela cidadezinha cortada por um rio de águas limpas, casas antigas, todas coloridas, canteiros de flores... Aquela cidadezinha que você vê na novela e pensa "Uma cidade assim não existe no Brasil, é apenas cenário de novela".

Engano seu, essa cidade existe sim, é Morretes, no litoral do Paraná.


Partindo de Curitiba, para o passeio ficar mais encantador, você pode ir pela Estrada da Graciosa, já mostrada aqui no site.
Pouco mais de 70 km separam a capital paranaense dessa bela cidade que teve seus primeiros habitantes lá por volta dos anos de 1700.

Em alguns pontos existem escadarias que descem até o rio Nhundiaquara onde é possível sentar, molhar os pés e se refrescar à sombra de um flamboyant.




Casas de várias cores, ruas super limpas e conservadas.


Mas não vá pensando que a cidade é calma como mostram as fotos.
Muito pelo contrário, é uma cidade que nos finais de semana é invadida por turistas que vem de toda parte do mundo conhecer essa encantadora cidade e também provar o mais típico prato do litoral paranaense, o famoso "barreado", carne muito bem temperada e condimentada que fica cozinhando na panela de barro por mais de 24 horas.
Imperdível!


No caso dessas fotos, elas foram tiradas em um sábado do ano passado.
Sábado de jogo do Brasil na copa do mundo.
Está explicado o porque a cidade parece abandonada...



sábado, 28 de março de 2015

Pratos Ceramus


Companhia Paulista de Louças Ceramus, data provável de fundação, 1919 no bairro Belenzinho, cidade de São Paulo.
Poucos registros existem sobre essa fábrica, mas uma coisa é certa, produziu louça de altíssima qualidade.

Esses dois pratos são um belo exemplo.

Começando pela técnica empregada na decoração, molde vazado e aerógrafo, processo manual inexistente nos dias de hoje.

Depois o motivo da decoração, uma caravela portuguesas talvez prestes a descobrir terras do lado de cá do Atlântico.

Borda muito bem decorada.

Pratos que nos levam a pensar no que fizemos nessas terras durante estes 515 anos...